Alguém teve uma ideia logo chamada de “genial” que fez o programador pôr a cabeça para funcionar e, em pouco tempo, o software ganhou uma nova funcionalidade. Só que, na fria realidade do mercado, ninguém viu nela a utilidade visualizada por seus idealizadores e, assim, o que o tal software ganhou foi mais um fool’s gold, às vezes traduzido como ouro de tolo.
Embora sejam mais comuns em softwares desenvolvidos originalmente com o objetivo de estudo, em ambiente acadêmico, sem grande preocupação com a realidade, também não é incomum que o próprio cliente solicite o que virá a ser um fool’s gold. Isso ocorre porque os softwares trabalham frequentemente com o novo, com o que ainda não existe, e o próprio cliente pode achar que determinada funcionalidade poderia lhe trazer algum tipo de controle que, mais tarde, ele descobrirá ser desimportante.
Também os próprios desenvolvedores de softwares podem criar fool’s gold com objetivos mercadológicos. A expressão vem das promessas dos falsos alquimistas da Idade Média e tem mesmo essa ideia de atrair com o brilho de uma solução que não servirá para nada.
Para o desenvolvimento do Corte Certo procuramos trabalhar em íntimo contato com o mercado. Pode-se dizer que 100% do que existe no programa foi desenvolvido como solução a requisito de algum cliente, mas, como foi dito, isso não garante limpeza completa dos fool’s gold. Muitas vezes uma funcionalidade desenvolvida há alguns anos é retirada do programa como teste. Se ninguém percebe a sua ausência, é que não era mesmo importante.
Veja também: Customizar.