A data que marcou o início da FIMMA, em Bento Gonçalves, RS, marcado com pelo menos 2 anos de antecedência, não poderia ter tido pior coincidência: 16 de março, um dia após as grandes manifestações de protestos que tomaram conta do país. O resultado é que ela, uma das maiores e mais importantes feiras da América Latina voltadas para a indústria moveleira, amargou um de seus mais fracos primeiros dias, a ponto de ter expositor falando em fazer as malas para abandoná-la. Definitivamente, o clima deixado pelos protestos e já na esteira de um pessimismo martelado pela imprensa, não combinava com visões otimistas, que são a base do que se oferece em uma feira de negócios.
Felizmente a feira conseguiu dar a volta por cima e, mesmo com redução de cerca de 17% no fluxo de visitantes (cálculos da própria organização da FIMMA), as nuvens cinzas sumiram, as caras amarradas relaxaram e, já no segundo dia, pegou embalo. Para quem não desistiu o prêmio foi o contato com muita inovação.
CORTE CERTO
Os softwares da Corte Certo, por exemplo, chegaram com sua identidade visual remoçada (ver matéria anterior) apontando novos caminhos para a produtividade.
A versão Standard incorpora agora uma função que, de certa maneira, permite cortar em uma seccionadora manual de maneira similar à que executa a seccionadora automatizada, ou seja, através de um passo a passo que sincroniza o corte com o que se vê na tela. O próximo passo agora será a emissão das etiquetas concomitante com cada peça cortada. Essa é uma solução que atende solicitações recentes do mercado para marceneiros que, apesar do volume de produção ainda reduzido, quando comparado ao de uma indústria, gostaria de aproximar-se mais dos modernos modelos de planejamento e controle da produção adotados pelas empresas de maior porte.
Já na versão Plus, a mais completa, a preocupação foi a de ir ainda mais adiante, repensar esses modelos lançando luz em novos caminhos.
A ferramenta de Multisoluções, por exemplo, chegou com a proposta de acabar com o comodismo de ver a otimização de planos de corte apenas pelo ângulo da economia da matéria prima. O que se propõe agora é que a empresa analise outras excelentes respostas da otimização, mas que privilegiam a velocidade do processo de corte, seja pela redução do seu número de fases, ou pelo menor número de planos de corte – significando possibilidades de empilhamento.
Para essas soluções de empilhamento houve também melhorias, tanto para chapas como para tiras com peças geometricamente iguais, mesmo que com códigos diferentes. Da mesma maneira o programa também as agrupa, ou seja, coloca-as lado a lado, permitindo a combinação de empilhamento com agrupamento, tirando o máximo proveito da seccionadora e acelerando vigorosamente o processo de corte. Como facilitador a tudo isso, o Corte Certo possibilita a ordenação das tiras para a sequência de corte.
O conjunto dessas soluções associado a outros desenvolvimentos permitiu um passo ainda mais adiante na aceleração do processo de corte, que é o da distribuição de um mesmo pedido em seccionadoras angulares.