Configurar

Num sentido mais genérico, significa “dar ou atribuir a (algo) determinado perfil, um conjunto de características próprias” (Dicionário Caldas Aulete). No caso específico de um software, trata-se de definir padrões para o seu funcionamento. Esses padrões a serem definidos podem ser preferências do usuário ou requisitos.

São exemplos desses padrões no Corte Certo:

  • O valor da espessura de serra (kerf) a ser compensado
  • A margem de segurança para a chapa
  • A fixação do sentido da textura (veio, grão, canela, etc.) do material
  • O número de fases de corte

Alguns desses padrões, como a compensação de kerf, são simples exigências técnicas: se não for feito o desconto do material que a serra consome, há o risco de que o tamanho da chapa não seja suficiente para o plano de corte calculado. Outras configurações, no entanto, são feitas por decisão pessoal do usuário do programa ou operador da máquina de corte. Esse profissional pode querer, por exemplo, o cálculo mais rápido ou que o plano de corte leve a um processo de corte mais simples, mesmo havendo maior perda da matéria prima.

Por isso, é muito importante verificar sempre como estão configurados os programas, quando se deseja fazer uma análise comparativa: nem sempre o pior resultado em determinado cálculo, na comparação entre dois softwares, indica que um deles é pior, embora essa possibilidade não seja irreal, uma vez que a quantidade de soluções possíveis para um mesmo problema pode ser astronômica.

É restrição qualquer condição configurada que possa interferir no cálculo de otimização. Exemplos: inserir valor para a espessura da serra, obrigar a manter o sentido da textura do material (veio, grão, canelas, etc.), descontar uma margem nas bordas das chapas, reduzir o número de fases de corte, etc. Em todos esses casos o resultado poderá trazer aproveitamento inferior da matéria prima.

A permissão, no caso, normalmente leva à ideia oposta à restrição, ou seja, de aumento. A permissão ao cálculo livre, por exemplo, quer dizer, sem limitação ao número de fases de corte, beneficiará o aproveitamento. O mesmo ocorre no caso de permissão à rotação do material durante o cálculo, geralmente liberada para materiais lisos, sem a obrigatoriedade de manter a orientação da textura. Mas nem sempre os resultados da permissão serão positivos. É o que acontece quando aumentamos a diversidade de tamanhos para os materiais e/ou para as peças: a complexidade ao cálculo também crescerá e haverá menor velocidade para chegar a um resultado.

Para testes comparativos rápidos com resultados alcançados para determinado projeto, o Corte Certo dispõe da ferramenta “O que acontece se”, que permite desativar, apenas para o cálculo seguinte, determinada restrição para que o usuário tenha maior clareza sobre a diferença que ela pode causar ao resultado.

Veja também: Default e Configuração.

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